terça-feira, 27 de outubro de 2009

Todos os dias ao meio-dia e às 17 horas a Cia. Navegantes de MG traz o espetáculo Cortejo: Bloconeco de Catin e sua Banda Navegantes” em frente ao Centro de Convivência (Campus I da UPF). Hoje às cinco, eu pude assistir e me encantar com esta companhia.











Muita luz e arte!

Até.

Misturas que se completam

A tarde foi produtiva. O vento estava fraquinho, quem mostrou as caras e pra valer, foi o sol. Primavera voltando com toda a força. Passei pela Jornadinha para ver se conseguia assistir alguma coisa. Mas o calor estava insuportável, fiquei pensando naquelas crianças e me fui ao Circo. Já lotado, fiquei na saída, onde o vento era mais generoso. O assunto: Jornalismo, cinema e internet, com Fernando Molica, Guilherme Fiuza, João Estrella, Jorge Furtado, Ricardo Silvestrim e Sérgio Leo. Depois, com mais tempo conto tudo e tem muita coisa. Filme a ser lançado, discussões do que é mídia, personagens reais, ficção e literatura.

E os três tenores?
Quem já participou de alguma Jornada sabe. Os três tenores: Ignácio de Loyola Brandão Alcione Araújo e Júlio César Valladão Diniz são os coordenadores dos palcos de debates, mas também cantam e animam o público. Este momento é sempre esperado, mas até hoje de tarde nada rolou. A desculpa, do Ignácio e afirmada pelos seus companheiros, é de que a cantora Vanusa (que faz a direção do trio) deve chegar em breve. O alívio é que eles sempre trazem surpresas boas. Ignácio contou suas façanhas com a ciência exata e relatou a importância do professor na vida das pessoas. Numa prova final do seu curso, na qual precisava tirar 9,7 apresentou uma equação delirante e criativa ao seu professor que disse: “Ignácio o seu mundo é o da fantasia!”. E nós agradecemos.

A personagem real
Água para hidratar. Crianças correndo e indo embora. Parei ali do lado de fora, onde podia ver os palestrantes e pegar um ar. Ela se aproximou e começamos a conversar. Sônia Pires Seither de 33 anos (natural do Paraguai), veio ao Brasil com a mãe. Levava a vida como motorista de caminhão e de ônibus, viajou pelo Brasil e depois de um tempo, largou a profissão para estudar letras. Fala guarani, espanhol (é claro) e português língua que no início deu trabalho para a simpática professora. Há três anos, começou a dar aulas para o ensino fundamental e médio, em Francisco Beltrão – PR, há 15 dias está com o diploma na mão. Escreve poesias e trabalha com seus alunos aliando prática e teoria. Sônia acredita que as tecnologias influenciam bastante na vida dos adolescentes e que por isso, realiza o seu trabalho com a prática da literatura para incentivar a produção intelectual de cada aluno.

“As tecnologias andam num ritmo muito rápido. É tudo muito rápido. Então temos que escolher formas para repassar este conhecimento aos nossos alunos”, disse Sônia. Ela sai da sala de aula e realiza um intercâmbio com outras escolas para buscar o auto-conhecimento, desta forma, segundo ela “o aluno sente que seu trabalho está sendo valorizado, eles se sentem importantes”. A história do trabalho que a professora do interior do Paraná desenvolve com seus alunos se funde com as tecnologias. Em tempos em que o professor precisa trabalhar para cada dia conquistar novos leitores, Sônia sai da sala de aula e não se abate com o imediatismo das novas tecnologias.

A participação no Projeto “Pedagogia da alternância” que busca incluir famílias rurais no processo escolar, une prática e teoria. Uma semana realiza visita na casa do aluno e na outra une a teoria, onde as tarefas são realizadas. Assim, Sônia afirma com um largo sorriso, “você conhece a realidade de cada um, observando o dia a dia dos seus alunos. O que não conseguimos fazer numa sala de aula com mais de 30”.

Sônia Pires Seither é uma daquelas professoras que a gente sente gosto de freqüentar as aulas. Primeiro pela simpatia e segundo, porque pelos olhos e pela fala, foi possível perceber o amor pela profissão. Isso vale a pena. Pode ser o professor de matemática, de física, de teoria da comunicação, de epistemologia, de AI. Seja lá o que for. A gente sente o puxão de orelha quando eles nos olham nos olhos e nos mostram que somos capazes de despertar todo o nosso conhecimento. Seja, através do twitter, dos blog´s, das discussões no Orkut, de jornais no varal da faculdade, audiovisuais, de fotografias, das contas no quadro negro, ser professor, é também ser produtor de grandes pessoas.


Muita luz!

Até.

Estamos pertinho?

Sim. Assim até parece que estamos pertinhos. Msn, e-mail e fotografias aproximam a minha família que se encontra em SC. Coisa boa, essa tecnologia, não?

No hall do Centro de Convivência da UPF, você encontra o Totem Virtual. Ali, você pode tirar fotos e enviá-las, acessar blogs e twitter, a programação da Jornada, concursos, eventos paralelos, folhear os livros dos autores presentes e conferir os lançamentos.

O estudante do 2° nível de ciência da computação Willian Tanabe que faz monitoramento, explica que o projeto é idealizado por uma empresa de Caxias do Sul – RS, mas o organizador é o Prof. Dr. Adriano Canabarro Teixeira (UPF).
Ainda sobre a interatividade do Totem, alguns se encantam outros acham de “outro mundo”. O tempo em que fiquei parada, observando foi possível ouvir frases do tipo: “Nooossa, olha isso!” “Muito legal!” Não, eu não consigo ler na tela assim”. “Parece real”.

Sobre a fotinho, você pode enviar para quem quiser e vai junto a mensagem: “Estive na 13ª Jornada Nacional de Literatura da UPF – Universidade de Passo Fundo e lembrei de você!” Show de bola! Eu só acrescentei no início: Mãe e Pai!


;o)




Até.

Depois das atribulações o espetáculo

O circo estava lotado. O vento gelado sempre presente na Jornada, não importa se for realizada no inverno ou na primavera, também estava presente. O discurso da idealizadora das Jornadas Professora Drª Tania Rösing sempre inflama o público. Ela tem amor, paixão pelo que faz. Uma mulher persistente que não deixou esta Jornada passar em branco, foi atrás de recursos e de apoiadores . “Ninguém faz nada sem amigos!”, disse ela com seu tom de voz firme. Passou a gripe suína, passou a primavera chuvosa, passaram alguns apoiadores e vieram outros tantos. Os amigos de Tânia são mais de 22 mil participantes que acreditam na educação, são participantes, apoiadores, empresas, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Organizações e Ministério da Educação. E Tânia ciente disso tudo, agradeceu a todos, e minutos antes de sua entrada no Circo da Cultura, demonstrou toda sua gratidão ao Ministro Prof. Dr. Fernando Haddah, com uma placa pelo “reconhecimento do trabalho inovador na educação brasileira, por sua honrosa participação na 13ª Jornada Nacional de Literatura”. “Matéria” que ficará para eternidade no Centro de Convivência da UPF em Passo Fundo – RS.

Clowns no palco
Estava ansiosa para assistir o espetáculo de abertura com o Grupo Tholl de Pelotas – RS (www.grupotholl.com)e mais uma vez eles superaram as minhas expectativas. O espetáculo “Exotique” levantou o público, as câmeras digitais e os celulares. Lúcia Santaella já escreveu sobre essa “sensação”. Há um tempo atrás, mas não muito, nos shows eram os isqueiros que faziam a iluminação e demonstravam a emoção do público. Na era digital, flashes (muitos clarões), câmeras digitais e celulares filmando tudo e aquela luz mágica que transforma e faz a gente voltar ao mundo real, tudo está acontecendo ali, agora, mas daqui alguns instantes podemos reviver tudo novamente. E eu estava lá, com a minha humilde máquina digital e (mas com suas virtudes) retratei do meu jeito o que pude. Malabares, acrobatas, atores e uma menininha encantada, um elástico em miniatura pintado de rosa, que deve ter no máximo seus quatro anos, encantou muito mais.


Essa menina é um elástico rosa








Muita luz!

Até!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O espetáculo nos espera

13ª Jornada Nacional de Literatura e 5ª Jornadinha.
A abertura inicia às 19h e 30min no Circo da Cultura no Campus I da UPF, em Passo Fundo – RS. Mais de 20 mil pessoas estão inscritas para assistir a mais este espetáculo da literatura e suas novas interfaces.
Confere aí a programação no Palco de debates e a música da Jornada
http://www.jornadadeliteratura.upf.br/2009/

Vidas virtuais

Letra: Paulo Becker
Música: Pedro Almeida

JL13 para base. Já contatei o Circo da Cultura. Aguardo novo comando. Base para JL13. Sua missão é ajudar a formar leitores multimidiais. Que a força esteja com você.

Olhamos telenovelas
Zapeamos telejornais
Somos fãs de animês
De quadrinhos e mangás
Navegamos na internet
Falamos ao celular
E enviamos muitos torpedos
Esperando o amor chegar

Cai na real, cai na real
A nossa vida é virtual
Cai na real, cai na real
A nossa vida é virtual

O mundo muda mais rápido
Que o coração de um mortal
O que ontem era teatro
Hoje é centro comercial
A pracinha em que brincamos
Ficou debaixo do asfalto
E nós passamos de carro
Esperando o amor chegar

Cai na real, cai na real
A nossa vida é virtual
Cai na real, cai na real
A nossa vida é virtual

Ô linda moça
Do disco voador
Me leve pra jornada
Sempre que você for
Ô linda moça
Só não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem
Tanta estrela por aí


Muita luz!

Até!

domingo, 25 de outubro de 2009

Futebol e arte, sem amarração

Domingo. Como todos os outros domingos.

...

Estou em processo de estresse moderado, integrando o meu tempo com monografia, projeto experimental (“História Filmada”) ... Meus finais de semana têm sido na frente do computador, lendo, escrevendo e pensando. Não é um “filme de terror”, um “bichinho assustador de sete cabeças”, mas merece atenção. Caso o contrário se transforma. Minha amiga Júlia diz que precisamos dançar um “roquí”, ou beber um café, ou então jogar conversa fora, para não arrancarmos os nossos fios de cabelo. Hoje eu precisava fazer as três coisas.

Não é pelo simples fato de ser domingo. Porque domingo são relativamente iguais. Não nos importamos com a hora que acordamos e nem com a hora que vamos almoçar. Domingo é dia de passeio sem compromisso, sem tempo e nem hora para voltar. Domingo é dia de futebol. Ou do grêmio, ou do meu INTER. Hoje, era dia de gre-nal. Almoçamos. Fizemos nossa caminhada, voltei a monografia e o jogo não passou na nossa televisão. “Dróóóga!”, diria a Florbela. Eu não me acostumei a acompanhar minuto a minuto. Prefiro o rádio e sua narração fervorosa, nos deixando a cada lance mais nervosos e esperançosos pelo gol. E o inter ganhou mais uma. Agora é só continuar ajudando e que venham os abraços ao técnico, sem aberrações do Bolívar. Ô jogador que eu não simpatizo, sempre tem alguma coisinha com ele. Um dia ele inventa de dar uma voadora no adversário, no outro me faz uma falta ridícula, no outro é questionado de fazer pênalti, não gosto. E que venha a segunda-feira para animar a multidão.

Circo da cultura
Se futebol tem muito de circo, Passo Fundo também. Amanhã (26) inicia a 13ª Jornada Nacional de Literatura e a 5ª Jornadinha, no Circo da Cultura, no Campus I da Universidade de Passo Fundo (UPF) – RS. O evento que vai até o dia 30 tem como tema: “Arte e Tecnologia: novas interfaces” e uma programação que reúne literatura, teatro, artes visuais, música e dança. Entre tantos autores estarão presente: Guillermo Arriaga, Lucia Santaella, Tom Zé, Carlo Frabetti, Wim Veen, Marcello Dantas, Moacyr Scliar, Pedro Bandeira.

“Aqui a literatura é levada a sério”
Os primeiros escritores já chegaram a Passo Fundo na tarde deste domingo. Entre eles, Ignácio de Loyola Brandão que destaca a importância do evento e Wim Veen (Holanda), que realiza a conferência (Geração Homo Zappiens) às 19h e 30min.


No site a programação paralela:


O Cafeína Desatinada estará lá!

Muita luz!

Até.

sábado, 24 de outubro de 2009

Onde passam medos e anseios

Ponte. Fecho os olhos. O coração parece querer sair pela boca. Uma palpitação. Um leve frio na barriga e uma sensação estranha de inquietação toma conta. Tensão. Coloco as mãos sobre as pernas, abro os olhos, não acabou. Respiro fundo. Fecho os olhos. Respiro fundo outra vez. Abro os olhos, ainda não passou.

Dou risada. Mas não passava, pelo contrário, quando passava pela ponte, só me sentia mais estranhamente nervosa e agitada o resto da viagem e muitas vezes, encontrava pela frente outra ponte. É estranho confessar este medo para alguém. Geralmente as pessoas olham com aquele olhar de estranhamento. Pois é, temos medos, é inerente ao ser humano senti-los. "Então o sentido da vida está em saber administra-los", disse sem embargar a voz aquela moça dos olhos cor de mel.
Diz o Dr. Mariano Rhoden que temos dois tipos de medo. O medo que retrai o medo e que ajuda.

- Mas ela tem fobia Doutor! Não consegue Controlar uma ansiedade em estar de frente às pessoas, no meio delas, não fala nem falar. Excessivo É um descontrole. Aperta a minha mão, querendo como soltar.

Quero sair correndo. E o medo está ali pronto, pedindo para ser desencadeado em qualquer situação. Não é como o medo da ponte, que me deixa em sinal de alerta, pronta, por ela à espera. Pois, eu sei que ela vem, já sei como Controlar. Mas esse medo de encontrar uma multidão de gente reunida sim, esse, me Paralisa.

Aqui me sinto segura. Em frente a minha tela, meus anseios se esvaem soltos no meu mundo de cores e palavras. Meus sentidos e sentimentos. Nada de vinte pessoas ou mais burburinho em Reunidas, altas palavras, soltas, sem nexo. São elas que perderam o sentido da vida mais simples, que se encontra num mero sorriso dado a alguém. Nas proporções que ele toma após espalhar-se pelas ruas, num "bom dia" despretensioso ao gari que limpa nossas ruas. Sim, tenho medo das pessoas, do seu tom de voz, do seu desprezo Nas mesmas para com elas, do julgamento que nos fazem.

Como uma ponte quando passo, não deixa de ser como a vida. Logo que passamos por um desafio, uma qualquer prova, encontra-se outra pela Frente de tamanho e formas que ainda não sabemos. Segundo o Dr. Rhoden é Possível mudar o dia de uma pessoa apenas com um sorriso ou um elogio. "Isso é gratificante. A pessoa tem uma reação de mudança na hora e você só disse uma palavra. Não deu morfina na veia. Deu serotonina ".
Eu tinha fobia social. E ele mudou minha vida. Não foram dias fáceis. É preciso saber administrar com muito carinho, respiração profunda, algumas doses de medicamentos (é verdade), muitas idas ao consultório para falar, falar e falar. Mas ele mudou. "Somos testados nas situações e nas experiências que criamos. Portanto, é preciso tratar o corpo, mas perceber o todo e fazer com que as pessoas percebam isto, disse "ele ao transformar minha vida como numa reação em cadeia.




Muita luz!

Até.